Às 7:00h da manhã me encontrei com a turma na casa do Alexandre e seguimos sentido ao trevo do Elói na BR 265 saindo pelo bairro Matozinhos onde pegamos a estrada que leva à cachoeira do Urubu.
A partir da esquerda: Eu, Márcio, Alexandre, Marcus, Cássia, Wanderson e Jean.
Com o calor que fez hoje, deu vontade de ficar por aqui mesmo, mas o espirito aventureiro fala mais alto.
Até o amigo sapo estava ali tomando uma fresca!
O caminho para a Cachoeira do Urubu foi desviado, o que fiz hoje foi o novo, que ainda não conhecia. É muito tranquilo mas pode ser melhor fora do tempo da seca, pois, com a terra solta aparecem muitas pedras e fica muito instável.
Fora a seca, que é absolutamente aceitável e normal para esta época, o fogo também passou por aqui, ou seriam pessoas à toa mesmo?
Antes da cachoeira, um ótimo lugar para descansar, recuperar as energias físicas e mentais.
É inacreditável como há pessoas que gostam de ser chamadas de porcas e atrasadas!!!
Espero que quem estiver lendo esta postagem não repita os mesmos erros e repasse o recado, mesmo se a sacola for oxi- biodegradável.
Ir em um lugar assim pra beber é prova de que, infelizmente, muitas pessoas sequer sabem para que serve um bar. PQP
Estes deixaram lembranças para seus bisnetos, ou será tataranetos?
Entre o lixo alguns animais, como nós, ainda tentam seguir suas vidas tranquilamente.
Depois de muito calor e lixo...sejam bem vindos à Cachoeira do Urubu!!!
O ser humano ainda trás consigo marcas de um tempo primitivo onde era comum escrever nas pedras, foi a primeira forma de escrita, não é mesmo?
O Bichinho, nos anos 90, era um lugarejo esquecido, não tinha as ruas calçadas, nem lojas e muito menos restaurantes.
Nos dias atuais mantiveram o estilo rústico e a rua, única, principal, está toda calçada. O turismo, artesanato e culinária compõem a fonte de renda dos moradores colônos, do Bichinho.
Esta casinha abandonada fica entre a colônia do Bichinho e a cidade de Prados. Ela foi cenário do filme Pequenas Histórias (Helvécio Ratton). O humilde e hilário personagem Zé Burraldo era o morador desta casa. Recomendo este filme a todos, ele foi gravado em São João del Rei, Bichinho e Caburu...vale a pena mesmo!!!
Mapa do trajeto- SJdR, Tiradentes, Bichinho, Prados
Encontrei com a galera às 8:00h da manhã na Av. Leite de Castro e subimos sentido centro até o bairro Tijuco onde temos acesso à Estrada Real que corta a Serra do Lenheiro.
Subindo a serra!
Saindo da cidade no final do bairro Tijuco, começamos a subir em direção à Serra do Lenheiro na parte oeste. No começo pegamos uma subida daquelas, impossível de subir pedalando, muito cascalho e areia.
Nos primeiros 5Km da trilha sofremos bastante. Foi só areia, pedregulho e derrapagem. Não é uma trilha técnica e sim impossível, não da pra parar em cima da bike. A areia pesa muito e tem que empurrar mesmo... em vários trechos.
Quando pegamos a estrada principal, ai ficou melhor. Essa estrada segue paralela à linha da ferrovia do aço.
No sentido Norte nos leva para Ritápolis, no sentido Sul vai para o distrito do Rio das Mortes, que foi o que seguimos.
Luz no fim do túnel...
Olha a galera ai...
Igreja de Santo Antônio no Rio das Mortes.
Pracinha no Rio das Mortes.
Na volta passamos por uma represa pela Estrada Real.
Bem bacana esse lugar. À esquerda o paredão da serra nos acompanha e à direita a rodovia BR 265.
Linda vista da face sul da Serra do Lenheiro.
Marco da Estrada Real já na descida chegando de volta ao bairro Tijuco.
A minha querida Serra do Lenheiro possui paisagens espetaculares, mas na minha opinião a mais linda e misteriosa de todas fica em um local chamado Porteira Pesada. Neste local da serra o que mais chama a atenção é uma formação rochosa que, reparando bem, da pra ver as marcas da história desse lugar.
No extinto período da escravidão as propriedades dos barões e coronéis eram divididas por muros construídos com pedras empilhadas que eram retiradas da própria serra.
Como frequento muito este local comecei a reparar que aquela formação rochosa tinha uma particularidade. Se observarmos bem da pra notar as pedras que a natureza preserva em seu devido lugar e outras que parecem ter sido movidas e também quebradas...pra quê?
Para a construção do muro, é claro!!!
Bom, esse negócio de história nunca foi meu forte, mas o interessante é ver que ainda restam marcas da nossa história lá, triste mas real, neste lugar que me encanta e me provoca a cada nova visita, um novo suspiro de encanto!
Logo no início da subida está o Ribeirão Francisco Chaviér. Nesta parte da subida é aconselhável subir empurrando a bike, pois é muito pedregoso e inclinado.
Mais adiante um local bem tranquilo todo gramado onde eu costumava brincar quando criança durante os passeios de domingo à tarde com meus pais. Aqui já da pra arriscar subir pedalando mas ainda com cuidado!
Chegando no alto do morro às 7:00 da manhã.
Daqui pra frente é só reta até a Porteira Pesada. Podemos avistar o ponto mais alto da serra, 1200m acima do nível do mar.
Depois do subidão vamos apreciando a paisagem até chegarmos à tal porteira. O porque do nome "Porteira Pesada"eu desconfio que seja pelo fato dela ter sido construída com madeiras muito grossas e pesadas,quando criança eu me lembro da antiga porteira.
Aqui estamos...na Porteira Pesada. Hoje ela já não está tão pesada, pois já foi trocada e as madeiras estão bem velhas.
Do outro lado da porteira...
Tinha muita neblina nesse dia, e quando está assim é bom sentar- se em uma pedra e aguardar o tempo limpar e revelar a paisagem linda deste lugar.
Curtam o visual!
A partir daqui a trilha nos leva até a estrada para os povoados do Fé e, atravessando a ferrovia do aço chegamos ao Caburu ou São Gonçalo do Amarante.
Infelizmente neste local já estão jogando lixo, entulho e pneus velhos, logo naquela erosão (foto abaixo) que, a 4 ou 5 anos atrás era só um curso de águas pluviais.
Este trecho é uma descida forte com muito cascalho solto. Tem que ir na manha! Mais lá embaixo tem mais uma porteira, e que porteira!!!
Quase chegando à estrada para o Caburu...aqui tem um povoado conhecido como Cunha.
Este é um ponto da estrada para o Caburu, já estamos depois do povoado do Fé. Esta parte foi asfaltada pois em períodos de chuva a coisa aqui fica feia ... estamos quase na Ferrovia...
Já na ferrovia do aço. Daqui podemos ir para:
Caburu (São Gonçalo do Amarante)
Povoado do Caxambu
Conceição da Barra
Ritápolis
Rio das Mortes
Outras trilhas a partir daqui eu postarei futuramente...aguardem!
